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China Realiza Primeiro Exercício Naval com Dois Porta-Aviões no Mar do Sul da China em outubro de 2024

Em uma exibição de força naval sem precedentes, a China conduziu, no final de outubro de 2024, o primeiro exercício militar envolvendo simultaneamente seus dois porta-aviões, Liaoning e Shandong, nas águas estratégicas do Mar do Sul da China. Segundo a emissora estatal CCTV, as manobras visaram aprimorar a capacidade de combate conjunto entre as embarcações e aeronaves, especialmente na execução de operações de superioridade aérea e ataques coordenados contra alvos marítimos e terrestres​

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Composição e Objetivo das Forças

A formação envolveu não apenas os dois porta-aviões, mas também três grandes destróieres, cinco destróieres adicionais, um fragata e dois navios de apoio logístico. Além das embarcações, caças J-15 baseados nos porta-aviões participaram das simulações, decolando de ambos os navios em exercícios de ataque coordenado e defesa. As manobras enfatizaram a execução de cenários de combate real, conforme indicado pelo porta-voz do Ministério da Defesa chinês, Zhang Xiaogang, com o objetivo de reforçar a prontidão de combate e aumentar a interoperabilidade entre as diferentes unidades da frota​.

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Especialistas militares interpretam o exercício como um teste importante para as capacidades navais chinesas, que foram incrementadas com o recente desenvolvimento de uma frota moderna e estrategicamente posicionada. Song Zhongping, ex-instrutor do Exército Popular de Libertação (PLA), destacou que o efeito multiplicador de dois porta-aviões operando juntos confere à China um poder aéreo e de ataque considerável, capaz de competir com marinhas de médio porte, graças à maior quantidade de aeronaves e sistemas de alerta antecipado distribuídos entre as embarcações​.

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A Evolução dos Porta-Aviões Chineses

O Liaoning, o primeiro porta-aviões da China, possui uma história que remonta à União Soviética, sendo originalmente construído na Ucrânia e posteriormente vendido à China, onde foi transformado em um porta-aviões funcional e comissionado em 2012. Já o Shandong é o primeiro porta-aviões construído inteiramente em solo chinês, lançado ao mar em 2019 e equipado com melhorias que incluem maior capacidade de carga de munições e combustível​.

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Os recentes exercícios com o Liaoning e o Shandong ocorrem em um contexto de tensões estratégicas no Mar do Sul da China, uma área de disputa que envolve várias nações do Sudeste Asiático e desperta preocupação entre os Estados Unidos e seus aliados. Ao demonstrar suas capacidades navais expandidas, a China envia um sinal claro a respeito de sua presença e influência na região, especialmente em relação a Taiwan, tema sensível na política externa chinesa.

Implicações Geopolíticas

A movimentação reflete a crescente capacidade de dissuasão da China, que busca consolidar sua presença militar no Pacífico. Os Estados Unidos têm realizado operações de liberdade de navegação na área, e o próprio Pentágono conduziu exercícios semelhantes com duas frotas de porta-aviões no Mar do Sul da China em anos anteriores. A resposta chinesa, ao posicionar sua frota em operações de larga escala, sinaliza uma mudança de postura, exibindo poder naval em uma região de grande relevância estratégica.

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Essa demonstração de força fortalece a posição da China em disputas marítimas regionais e serve como um alerta aos países da região e aos EUA sobre a capacidade do PLA de proteger seus interesses na Ásia-Pacífico. Com o avanço no desenvolvimento de novos porta-aviões, como o Fujian, atualmente em testes, espera-se que a China continue a expandir e modernizar suas operações navais nos próximos anos​.

Fontes:

The Aviationist

CNA.

AeroTime

USNI News.

South China Morning Post.

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