Artilharia de Israel invade o sul Líbano: Estratégia Contra o Hezbollah
Na escalada contínua entre Israel e o Hezbollah, o dia 17 de novembro marcou um ponto crítico com a eliminação de Mohammad Afif, chefe do escritório de mídia do grupo libanês. Localizado no coração de Beirute, no bairro de Ras al Nabaa, Afif foi alvo de um ataque israelense enquanto participava de uma reunião em uma filial do Partido Baath sírio.
Segundo as Forças de Defesa de Israel (FDI), Afif desempenhava um papel-chave na coordenação estratégica e estava envolvido diretamente em operações militares, incluindo os recentes ataques de drones contra alvos israelenses.
Avanços Militares e Campanha Aérea
Desde outubro, as FDI intensificaram sua presença no sul do Líbano, realizando ataques aéreos e avanços terrestres estratégicos. Os subúrbios de Beirute, como Dahiyeh, Burj al Barajneh e Haret Hreik, receberam a maior parte dos bombardeios, incluindo alvos críticos como armazéns de munição e quartéis-generais. Antes dos ataques, as FDI emitiram alertas de evacuação para minimizar baixas civis, demonstrando uma preocupação tática aliada ao impacto psicológico.
No centro de Beirute, a destruição de uma loja de eletrônicos em Mar Elias, supostamente ligada a um comandante sênior do Hezbollah, reafirmou a prioridade israelense de desmantelar a cadeia de comando do grupo. Em paralelo, a cidade de Tiro, no sul do Líbano, foi alvo de ataques aéreos contra a “unidade Aziz”, responsável por lançamentos de foguetes em direção ao território israelense.
Expansão da Frente Terrestre
Pela primeira vez desde o início da campanha terrestre em setembro, a 282ª Brigada de Artilharia cruzou a fronteira, marcando um avanço significativo. Utilizando canhões autopropulsados M-109A5 com alcance de 22 quilômetros, a brigada já bombardeou milhares de alvos do Hezbollah, resultando na neutralização de depósitos de armas e locais de lançamento de foguetes, além de causar severas baixas nos combatentes.
Desafios e Tensão Regional
Nem todos os impactos foram direcionados ao Hezbollah. Um ataque israelense em al Mari-Hasbaya atingiu posições das Forças Armadas Libanesas, matando dois soldados e ferindo outros dois. Incidentes como esse intensificam as tensões entre Israel e o governo libanês, que busca equilibrar sua posição frente à influência do Hezbollah.
Conclusão
As ações israelenses no Líbano, incluindo a eliminação de líderes estratégicos do Hezbollah e o enfraquecimento de sua infraestrutura, destacam uma estratégia abrangente de contenção e desestabilização. Entretanto, a presença do Hezbollah e a complexidade política regional continuam a alimentar o conflito, reforçando a volatilidade da situação.
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