

A Artilharia na Guerra da Ucrânia: Números Atualizados para 2024
A artilharia desempenha um papel central na guerra de atrito entre Rússia e Ucrânia, moldando estratégias e impactando significativamente o avanço ou recuo de cada exército. Em 2024, os números da artilharia e a capacidade de produção de ambos os lados continuam a ser fatores determinantes no campo de batalha. A seguir, vamos detalhar as quantidades diárias de disparos, o número de peças operacionais e a capacidade de produção estimada para os dois exércitos, conforme os últimos relatórios de inteligência e balanços militares.

Quantidade Diária de Disparos de Artilharia
Conforme os relatórios mais recentes de 2024, a intensidade dos disparos de artilharia, embora inferior aos picos de 2022, permanece elevada e com grande impacto estratégico. A Rússia tem mantido uma média diária de disparos entre 10.000 e 20.000 projéteis, uma queda considerável em relação aos cerca de 60.000 disparos diários estimados em 2022. Essa redução é reflexo tanto de um esgotamento parcial dos estoques quanto da adaptação das táticas russas para um uso mais seletivo, visando equilibrar os ataques de saturação com o uso inteligente de recursos.

A Ucrânia, com o apoio constante do Ocidente, consegue disparar entre 4.000 e 6.000 projéteis por dia. Embora esse número seja expressivo, representa apenas uma fração do volume disparado pela Rússia. Essa diferença numérica, que chega a uma média de cinco a sete disparos russos para cada disparo ucraniano, reflete a capacidade logística e a disponibilidade de estoques de cada lado. Apesar de contar com munições de alta precisão fornecidas pelo Ocidente, a Ucrânia enfrenta dificuldades para igualar a intensidade russa devido à limitação de produção e fornecimento.
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Quantidade de Peças de Artilharia em Operação
De acordo com o Military Balance 2024 do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS), a Rússia dispõe de cerca de 4.397 peças de artilharia em operação ativa, distribuídas entre obuseiros, canhões, morteiros e sistemas de foguetes de lançamento múltiplo (MLRS). Além disso, há centenas de sistemas adicionais armazenados como reserva estratégica, muitos dos quais estão sendo gradualmente reativados e enviados para a linha de frente. Esse estoque robusto dá à Rússia uma vantagem considerável em termos de saturação e capacidade de resposta.

A Ucrânia, em contrapartida, possui entre 350 e 500 peças de artilharia ativas, um número significativamente menor. Esse arsenal é composto por sistemas ocidentais, como o M777 e o AHS Krab, além de lançadores de foguetes avançados, incluindo o HIMARS e o MLRS M270. A disparidade no número de peças reflete a dificuldade ucraniana em manter a paridade numérica com as forças russas, o que coloca uma pressão constante sobre as tropas ucranianas para maximizar a precisão e a eficiência dos disparos.
Capacidade de Produção e Reposição de Artilharia
A produção e reposição de munições e peças de artilharia é um dos maiores desafios logísticos enfrentados por ambos os lados no conflito. A Rússia conta com uma base industrial militar extensa e ainda ativa, permitindo uma reposição contínua, embora limitada, de projéteis e peças de artilharia. Estima-se que a Rússia produza entre 300.000 e 500.000 projéteis de artilharia por ano, com apoio de aliados como a Coreia do Norte, que, segundo informações, estaria fornecendo munições adicionais para sustentar a intensidade dos ataques russos.

A Ucrânia, por outro lado, depende fortemente do suporte ocidental para manter o fluxo de munições e substituir as peças de artilharia danificadas. Os Estados Unidos e países europeus têm fornecido tanto peças de artilharia quanto projéteis, mas a capacidade de produção do Ocidente é limitada, especialmente em tempos de paz. Mesmo com esforços recentes para aumentar a produção de munições, a Ucrânia enfrenta um déficit crescente à medida que o conflito se prolonga, o que tem levado a um racionamento mais rigoroso do uso da artilharia.
Impacto Estratégico dos Números de Artilharia
A quantidade de disparos diários, o número de peças operacionais e a capacidade de produção exercem um impacto direto na estratégia de combate e nas decisões táticas dos dois exércitos. A Rússia, com uma superioridade numérica expressiva em peças e munições, aplica uma doutrina de saturação de área, utilizando bombardeios intensivos para desgastar e desestabilizar as defesas ucranianas. Esse volume de fogo cria uma pressão constante sobre as tropas ucranianas, dificultando o reagrupamento e o contra-ataque.

A Ucrânia, com menor poder de fogo, utiliza uma abordagem mais cirúrgica, focando em alvos específicos de alta relevância para maximizar o impacto de cada disparo. Essa estratégia visa compensar a desvantagem numérica com a precisão e a inteligência fornecida por drones e radares, que permitem ajustes em tempo real e minimizam o desperdício de munição.
Conclusão
Os números da artilharia na guerra da Ucrânia em 2024 mostram que a disparidade entre as capacidades russas e ucranianas ainda é grande, mas não insuperável. Com o apoio ocidental e o uso avançado de tecnologia, a Ucrânia tem conseguido manter-se na luta, embora em desvantagem numérica. Enquanto a Rússia aposta na força bruta e no volume de disparos, a Ucrânia depende de precisão e estratégia.
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